A procurar um reflexo de Deus
Ou as cores de uma primavera fria.
Sou o tempo que escapa pelos vãos dos dedos
Sem hora certa de partida
Ou momento certo de chegada.
Sou a incerteza eterna e calada
De tudo que existe e o nada.
Sou a rosa que murcha
Na incerteza do amanhã
E na ausência do que sou hoje
Sou tudo e nada,
A hora calada
De um instante infinito
Que na beira do abismo
Se contenta em ver a liberdade,
E estando presa a matéria
Me contento coma a saudade
Do que fui, do que sou,
Ou do que você quer que eu seja.
08/10/05
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