Ilusão ecoante no subconsciente,
Sutilezas fantasmais da realidade ausente,
Companheira da sofreguidão insana,
Sinfonia do silêncio na fragilidade humana.
Devaneio daqueles que procuram a saída
Para o caminho que ainda não trilharam,
Infelicidade onipresente na partida
Para o destino que jamais sonharam.
Eis a nostalgia da vida,
A eterna mudança que virá,
Do que é constante despedida,
Passado que jamais retornará.
Tateia-se na escuridão as lágrimas
E nas pontas dos dedos a felicidade,
Constante virar de páginas
De um livro cheio de ambigüidade.
Mas é suave o infinito,
Eterna alma que perambula na escuridão
Autora a interprete do continuo rito,
Feitiço de lirismo e maldição.
Quimérica aquarela que sobre a tela se pinta,
Mas é sangue e não tinta,
Que o pincel nas pontas carrega.
Adaga que à fúria se entrega,
Evanescente ilusão na alma guardada,
Estremece ainda mais o pranto
Daqueles cobertos pelo manto
Do tudo que se resume a nada.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
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